NÃO SE ILUDA COM UM SORRISO, A MALDADE ESTÁ NA MENTE...


Wayne Lonergan


Em 23 de Outubro de 1943 Patricia Lonergan, uma socialite de 22 anos, herdeira de uma cervejaria e de uma fortuna de 6 milhões de dólares, foi encontrada nua e morta em seu apartamento depois de ir a uma festa. Ela havia sido agredida com um candelabro e estrangulada.
Na época de sua morte ela estava separada do marido, Wayne Lonergan, um atraente e alto (1,82m) aviador da Força Aérea Real Canadense e três anos mais velho que ela.

A polícia entrou em contato com o comandante de Lonergan e descobriu que ele havia estado de licença em Nova York no final de semana em que Patricia foi morta. Ele foi encontrado em Toronto e voltou espontaneamente à Nova York. Foi interrogado por 84 horas e supostamente confessou ter matado Patricia durante uma discussão. Ele também falou da vida sexual do casal, ou da falta dela, provocando especulações sobre sua suposta homossexualidade. Infelizmente, boa parte desse interrogatório vazou para a imprensa, o que resultou em Lonergan sendo rotulado como um assassino antes mesmo de um Tribunal tê-lo julgado. Em seu julgamento, em março de 1944, foram lançadas dúvidas sobre sua confissão e, embora a polícia pudesse provar que ele realmente estava em Nova York no momento do assassinato, não foi possível provar que ele estivera na cena do crime.

(Patricia e Wayne Lonergan)

O assistente da Promotoria Jacob Grumet atestou que Lonergan havia confessado (a confissão sem assinatura foi rejeitada pelo réu e por seus advogados) ter relações homossexuais, antes e depois do casamento. Um dos homens envolvidos era William Burton, pai de Patricia, que havia instalado o jovem em seu apartamento e o sustentado. Quando o Sr. Burton morreu, em outubro de 1940, Lonergan passou a cortejar a filha dele e os dois se casaram em 30 de julho de 1941.  Grumet também relatou que Lonergan teria dito sentir "uma certa satisfação" com a vida de casado, mas que a separação era resultado de "tédio mútuo". Um psiquiatra de Manhattan falou sobre a "promiscuidade financeira, promiscuidade sexual e superficialidade emocional" de Lonergan. Estranhamente, considerando o vazamento inicial de informações para a imprensa, o juiz James Garrett Wallace impediu a entrada de espectadores, exceto jornalistas, no Tribunal.


Lonergan foi condenado por assassinato em 17 de abril de 1944 e sentenciado a trinta anos de prisão.
Depois de passar 22 anos em Sing Sing, Lonergan foi libertado em 2 de dezembro de 1965 e deportado para o Canadá.

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